Cinco capitais brasileiras devem bater recordes de calor nesta semana; São Paulo pode superar 35°C, entenda como o clima extremo está impactando o Brasil
A sétima onda de calor do ano promete ser uma das mais intensas e deve afetar grande parte das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste até a próxima sexta-feira, dia 27. Essas áreas serão impactadas por altas temperaturas, levando várias capitais a bater novos recordes de calor, de acordo com as previsões da Climatempo. Este fenômeno, que já se manifestou em outras partes do país ao longo do ano, coloca estas regiões sob alerta para temperaturas extremas.
Entre as cidades mais afetadas, cinco capitais do Centro-Oeste e do Sudeste têm previsão de registrar as temperaturas mais altas do ano. Essas marcas inéditas podem superar recordes anteriores, com o calor se intensificando ao longo da semana. O calor extremo nessas regiões não só impacta a população, mas também afeta a saúde pública e o fornecimento de energia, devido ao aumento da demanda por refrigeração.
Em São Paulo, a temperatura mais alta do ano até agora foi registrada na terça-feira, 24 de setembro, quando os termômetros marcaram 35,1°C. No entanto, a previsão indica que essa marca pode ser superada na quarta-feira, com máximas acima de 35°C. O aumento das temperaturas na capital paulista reflete o impacto da onda de calor que está atingindo boa parte do Sudeste, ampliando os desafios para os paulistanos durante o fim do mês.
A cidade do Rio de Janeiro também está sob alerta, com a previsão de que os termômetros alcancem 39°C na quinta-feira, 26 de setembro. O recorde atual de 39,5°C, registrado em janeiro, pode ser igualado ou até superado, colocando a capital fluminense entre as mais quentes do país nesta semana. Essa nova onda de calor reforça os desafios enfrentados pela cidade em termos de infraestrutura e saúde pública.
Em Belo Horizonte, o recorde anterior de 34,4°C, registrado em 3 de setembro, pode ser quebrado na sexta-feira, 27 de setembro. A previsão para a capital mineira é de 34°C, uma marca que, embora ligeiramente abaixo do recorde, ainda representa um calor extremo para a cidade. A onda de calor que atinge o Sudeste deve continuar a impactar Belo Horizonte e seus arredores.
A capital do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, também está prestes a enfrentar uma nova onda de calor, com temperaturas chegando a 39°C nesta quarta-feira. O recorde anterior, de 39,8°C, registrado em 24 de setembro, pode ser ameaçado, tornando-se uma das capitais mais quentes do país nesta semana. A intensidade do calor em Campo Grande é um reflexo da pressão atmosférica sobre a região Centro-Oeste.
Em Brasília, o calor também está presente com força. O recorde anterior de 33,5°C, alcançado em 23 de setembro, pode ser superado nesta quarta-feira, com a previsão de que os termômetros marquem 34°C. A capital federal enfrenta, assim como outras cidades do Centro-Oeste, os efeitos da onda de calor, que coloca em risco a saúde da população e a vegetação local.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), esta onda de calor não afeta apenas as capitais. Regiões como o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, o sudoeste de Minas Gerais, o sul de Goiás, Mato Grosso do Sul e o leste de Mato Grosso também enfrentarão temperaturas até 5°C acima da média. Essas condições podem perdurar por até cinco dias consecutivos, elevando o nível de alerta nessas áreas.
Mesmo com as temperaturas elevadas, o Sul do país ainda deve enfrentar temporais intensos, principalmente no Rio Grande do Sul. A previsão indica que o sul do estado será a região mais afetada, com volumes de chuva superiores a 100 milímetros por dia, o que eleva o risco de transbordamento de rios e deslizamentos de encostas. As condições climáticas extremas contrastam entre calor intenso e fortes chuvas.
A massa de ar quente que se instalou na faixa central do país está bloqueando a entrada de frentes frias, fazendo com que a chuva se concentre mais no extremo sul, especialmente no Rio Grande do Sul. Enquanto isso, o calor extremo deve continuar a atingir o restante do país, mantendo regiões como Sudeste e Centro-Oeste sob forte pressão térmica.
O início da primavera, que começou oficialmente no domingo, 22 de setembro, traz a expectativa de novas ondas de calor até a primeira quinzena de outubro, conforme apontam os meteorologistas. No entanto, há uma previsão de que as chuvas regulares retornem durante a estação, o que traria algum alívio para as áreas mais afetadas pelo calor.
Para os próximos meses, as chuvas devem retornar gradualmente, começando por Paraná e São Paulo em outubro, e se estendendo para Goiás, Amazonas e Acre. Em novembro, as chuvas devem chegar ao restante do Sudeste, Centro-Oeste e ao norte do Amazonas. Já em dezembro, a previsão é de que o sul da Bahia, Tocantins e Pará também voltem a receber chuvas regulares, amenizando o calor extremo enfrentado neste final de setembro.